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Resenha: Burguesia (Cazuza)


E ai exagerados, tudo bem com vocês? Hoje na nossa análise, vamos ver ele, o "Burguesia". 4° álbum solo do cantor e compositor brasileiro Agenor de Miranda Araújo Neto, ou simplesmente, Cazuza.

Cara, pessoalmente, eu acho esse álbum o melhor dele. A sonoridade e profundidade de algumas letras são de emocionar qualquer um. Ele foi gravado quando o estado de saúde de Cazuza já estava bem zoado, tendo que em algumas músicas, gravar deitado devido a fraqueza que sentia por causa da AIDS. Inclusive esse álbum foi o que ele utilizou mais backing vocals, devido a voz já zuada e tals.

O álbum abre com a maravilhosa "Burguesia" que lança críticas a elite brasileira e o abandono da mesma para com a população. A batida dessa música é sensacional e cativante. Com trechos memoráveis como "As pessoas vão ver que estão sendo roubadas/Vai haver uma revolução/Ao contrário da de 64/Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia/Vamos pra rua!" ou até "Enquanto houver burguesia/não vai haver poesia". Enfim, hino de qualquer "anti-burguês".

O álbum segue com "Nabucodonosor" que é bastante intrigante e meio "sem sentido" para alguns. Mas, ao meu ver, ela tem total sentido. Nessa canção Cazuza tenta expressar seu "contentamento" com a doença. Dado versos como "Agora eu acredito/em reincarnação/e também que a morte/não é assim tão ruim não.". Ah, sem falar no maravilhoso solo no final.

Depois vem "Tudo é Amor" que.. que.. ah, o nome já diz tudo. Tudo é amor!. Seguindo vem uma das minhas favoritas, "A Garota de Bauru", que fala de uma garota que mora em Bauru (ah vá) que o Cazuza comeu conheceu. Bem agradável de se ouvir e com versos legais e pegajosos. Adoro ela.

A 5° música, "Eu Agradeço", é bem legal. É outra que entra para o clube das profundas apesar de ter uma batida agitada. Ao meu ver, ela fala da falta de fé de Cazuza em sua recuperação e já esperando a morte. Seguindo vem "Eu quero Alguém", mostrando que mesmo no leito de morte, Cazuza, transão como era, queria alguém pra comer ficar.

"Baby Lonest", "Como já dizia Djavan" e "Perto do Fogo" talvez sejam as que eu menos simpatizo. Mas elas não são ruins, questão de gosto mesmo. Talvez porque as melhores estejam por vir. Pois a sequencia de músicas com letras profundas e tocantes começa com "Cobaias de Deus". Puta que pariu, o que falar dessa canção? Simplesmente perfeita. Faz chorar escutar essa música. Trechos como "Se você quer saber como eu me sinto/ vá a um laboratórios com labirintos" e "Meu pai e minha mãe/ estou com medo/eles vão deixar/ a sorte me levar" me faz pensar como foi difícil para ele, ali, deitado na cama de hospital esperando a morte, sem poder fazer nada. Pensar em como foi angustiante.. E o pior é que depois dela vem "Mulher Sem Razão", "Por Quase um Segundo", "Filho Ùnico", "Preconceito", "Esse Cara", "Azul e Amarelo", "Cartão Postal", "Manhatã", "Bruma" e "Quando Eu Estiver Cantando" e cara, falar delas é algo impossível. O sentimento que elas passam não pode ser descrito. Só ouvindo, e é esse o dever de casa de vocês! Vou deixar o link para download do álbum, o resto é com vocês! Abraços e até a próxima, vida longa ao rock n roll!

Faixas:

1. Burguesia
2. Nabucodonosor
3. Tudo É Amor
4. Garota de Bauru
5. Eu Agradeço
6. Eu Quero Alguém
7. Baby Lonest
8. Como Já Dizia Djavan
9. Perto do Fogo
10. Cobaias de Deus
11. Mulher Sem Razão
12. Quase Um Segundo
13. Filho Único
14. Preconceito
15. Esse Cara
16. Azul e Amarelo
17. Cartão Postal
18. Manhatã
19. Bruma
20. Quando Eu Estiver Cantando

Link para download


Resenha: Cazuza - Exagerado


Salve galerinha, hoje vamos relembrar do tempo em que a música brasileira era boa. Pra falar a verdade eu mesmo nunca fui um admirador nato da música brasileira ou de qualquer coisa que fosse do nosso país. Porém esse álbum merece destaque. Lançado em 1985 por Cazuza que havia deixado o Barão Vermelho. No todo, o álbum é ótimo. Com pontos altos e fracos, mas é ótimo. Foi lançado com desconfiaça por ambas as partes, tanto por Cazuza quanto pela gravadora, pois não sabiam se ele iria fazer sucesso fora do Barão; Mas eis que a faixa título do disco faz um sucesso exorbitante e acaba mais tarde por virando um dos clássicos do cantor. Com o hit ''Exagerado'' o álbum ganhou espaço, e outras músicas foram ganhando destaque, como a Medieval II, Boa Vida e Desastre Mental. Como eu disse no início, o disco é ótimo e cativante. Da vontade de repetir quando ele acaba e você decora as letras rápido. Esse é o primeiro disco do Cazuza em carreira solo.

Faixas:

1 - Exagerado - Cazuza/Leoni/Ezequiel Neves
2 - Medieval II - Cazuza/Rogério Meanda
3 - Cúmplice - Cazuza/Zé Luís
4 - Mal Nenhum - Cazuza/Lobão
5 - Balada de um Vagabundo - Roberto Frejat/Waly Salomão
6 - Codinome Beija-Flor - Cazuza/Ezequiel Neves/Reinaldo Arias/Howard Ashman
7 - Desastre Mental - Cazuza/Renato Ladeira
8 - Boa Vida - Cazuza/Frejat
9 - Só as Mães São Felizes - Cazuza/Frejat
10 - Rock da Descerebração - Cazuza/Frejat  

Bônus

Resenha: Language.Sex.Violence.Other?




Lançado em 2005, Language. Sex. Violence. Other? foi o disco que definitivamente elevou o Stereophonics ao status de superbanda de rock. 

Eles até chegaram bem perto disso em outros lançamentos, como no conceitual Just Enough Education to Perform (2001). Mas dessa vez, sem sombra de dúvida os caras acertaram a mão.

Aperte o play e ouça Superman. Ela começa e termina sóbria, com uma levada tranquila. Entre um momento e outro até aparecem umas guitarras mais distorcidas, mas nada exatamente muito pesado. Logo na sequência, vem a primeira grande paulada do disco, Doorman.

Ela é exatamente o que as pessoas procuram nas bandas novas de rock de hoje em dia; e esperam das antigas: Uma pegada rápida, com um baixo bem estourado e uma letra suja.



Brother já soa mais suingada. Aqui, Kelly Jones canta num tom mais grave e usando uma espécie de efeito na voz. Mas isso só até a música crescer.

Algo a se ressaltar do Stereophonics é que embora eles sempre repitam algumas velhas fórmulas em seus álbuns, o mais legal é que eles sempre conseguem fazer com que não hajam muitos parâmetros de comparação com outras bandas. Qualquer coisa que eles façam, você fatalmente vai acabar dizendo: "É Stereophonics!".

Indo pra próxima faixa, Devil vem na mesma pegada de Superman, um pouco mais lenta talvez. Ela até traz a mesma guitarra distorcida, mas dessa vez vem acompanhada de um piano que faz a marcação nos versos. No refrão ela cresce e ganha mais corpo.

E aqui chegamos naquela parte em que todo mundo enlouquece. Sim, é o grande hit, Dakota. Pode até parecer coisa de poser dizer que essa não é só a melhor música do disco, mas uma das melhores da carreira dos caras, mas é preciso. Kelly Jones acertou a mão como nunca quando escreveu essa.

E como muita gente já sabe, essa é a música de maior sucesso deles. E como se já não fosse o bastante a popularidade que a banda conseguiu com ela, ainda a colocaram como trilha sonora do famoso jogo Pro Evolution Soccer, o que potencializa a fama – pelo menos da música – umas três vezes.


Em Pedalpusher eles retomam a pegada britpop dos anos 90, que era marca registrada dos primeiros discos do grupo, ainda mais por eles terem surgido exatamente na época da explosão do britpop.

Girl é a música mais curta do disco. São apenas 2 minutos de uma pequena amostra do verdadeiro rock n' roll inglês que parecia ter morrido no fim dos anos 90. Parecia.

Lolita vinha com a pretensão de ser a Maybe Tomorrow (You Gotta Go There to Come Back, 2003) desse disco. Afinal de contas, todo disco precisa das suas baladinhas pra tocar no rádio. Não é verdade? 

Se bem que na verdade até não, porque isso nem se aplica tanto assim lá na Inglaterra. Seu som pode ser rápido e/ou pesado, mas se for bom, vai tocar no rádio. Esse conceito se aplica mais aqui no Brasil mesmo, onde as bandas precisam das suas versões acústicas pra poder vender. Mas enfim, isso não vem ao caso agora.

Por fim, Deadhead é a última faixa que apresenta uma pegada mais ou menos roqueira do disco; pois Feel, que fecha o album, é bem suave e só vai crescer lá no final. Aliás, é importante ressaltar que a música termina sob um ar de despedida.

Uma curiosiadade sobre Language. Sex. Violence. Other? é que esse é o primeiro disco gravado com o então novo baterista, o argentino Javier Weyler, que já havia trabalhado em alguns projetos solo de Kelly Jones e também no próprio Stereophonics, tendo sido engenheiro e programador de som no disco anterior da banda, You Gotta Go There to Come Back (2003).

Visto tudo isso, caso tenha se interessado, baixe. Ou até mesmo compre, pois é altamente recomendável.

Resenha: Angles


Para falarmos deste álbum é preciso voltar a quase três anos atrás quando ouvi o terceiro álbum do Arctic Monkeys . A situação antes do lançamento de ambos os álbuns são muito parecidas, dois álbuns lançados depois de um período de trabalhos paralelos e que vem bastantes influenciados por estes trabalhos. Sendo que quem vos fala gostou do trabalho feito pelo The Last Shadow Of Puppets e não gostou do álbum solo do Julian Casablancas.
Por este e outros motivos, a primeira audição do álbum acabou sendo meio apreensiva, porém acabou se tornando agradável, não houve nenhum momento de chatice e tédio. Mais aliviado, parti para a segunda audição alguma horas depois. Começou a tocar “Machu Picchu“, uma música dançante e bem agradável, que, ao mesmo tempo que me leva a coisas que o Strokes já havia produzido, trás algo de novo no som, algo muito mais produzido do que o de costume.
O álbum segue com “Under Cover Of Darkness“, primeiro single do álbum e uma das músicas mais bacanas do mesmo. O álbum até o momento parecer ter sido feito para a pista, rock para dançar, explorando efeitos e sonoridade que remetem a modernidade, mas que ao mesmo tempo busca influências no passado. A tendência vai se confirmando em “Two Kinds Of Happiness” com seus momentos de batidas marcadas e seu refrão mais para cima.

A quarta música do álbum é “You’re So Right“, uma música que quase cabe em outro álbum lançado no mesmo ano, “The King Of Limbs” do Radiohead  É interessante ver o Strokes se arriscar em algo deste tipo, mas creio que apenas como experimentos esporádicos. Assim, as coisas acabam voltando ao ‘normal’ com “Taken For A Fool“, talvez as guitarras mais ativas do álbum. Neste momento já estava ficando satisfeito pelo álbum não ser um álbum solo do Julian junto com a banda, mas…
Na sequência do álbum tem “Games“, uma música que parece ter vindo direto do álbum solo de Julian para o “Angles” (mesmo assim eu gostei bastante). Porém, a música que a sucede, “Call Me Back“, é praticamente guitarra e voz com alguns efeitos, dá uma quebrada no álbum, é interessante e agradável. “Gratisfaction” é a oitava música, o interessante aqui é ver vocal e melodia andando juntos, com a letra quase sendo cantada palavra por palavra subindo pelo refrão.
Já caminhando para o fim do álbum temos “Metabolism“, uma música que poderia estar em outros álbuns do The Strokes, principalmente em “First Impressions Of Earth“, sem se tornar uma estranha no ninho. O fim chega com a bela “Life Is Simple In The Moonlight“, uma das melhores músicas do álbum, um bom final, daqueles que te deixa com vontade de ouvir novamente. Talvez, tenha sido este final que me deixando aliviado a pronto para a segunda audição.