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Resenha: Language.Sex.Violence.Other?




Lançado em 2005, Language. Sex. Violence. Other? foi o disco que definitivamente elevou o Stereophonics ao status de superbanda de rock. 

Eles até chegaram bem perto disso em outros lançamentos, como no conceitual Just Enough Education to Perform (2001). Mas dessa vez, sem sombra de dúvida os caras acertaram a mão.

Aperte o play e ouça Superman. Ela começa e termina sóbria, com uma levada tranquila. Entre um momento e outro até aparecem umas guitarras mais distorcidas, mas nada exatamente muito pesado. Logo na sequência, vem a primeira grande paulada do disco, Doorman.

Ela é exatamente o que as pessoas procuram nas bandas novas de rock de hoje em dia; e esperam das antigas: Uma pegada rápida, com um baixo bem estourado e uma letra suja.



Brother já soa mais suingada. Aqui, Kelly Jones canta num tom mais grave e usando uma espécie de efeito na voz. Mas isso só até a música crescer.

Algo a se ressaltar do Stereophonics é que embora eles sempre repitam algumas velhas fórmulas em seus álbuns, o mais legal é que eles sempre conseguem fazer com que não hajam muitos parâmetros de comparação com outras bandas. Qualquer coisa que eles façam, você fatalmente vai acabar dizendo: "É Stereophonics!".

Indo pra próxima faixa, Devil vem na mesma pegada de Superman, um pouco mais lenta talvez. Ela até traz a mesma guitarra distorcida, mas dessa vez vem acompanhada de um piano que faz a marcação nos versos. No refrão ela cresce e ganha mais corpo.

E aqui chegamos naquela parte em que todo mundo enlouquece. Sim, é o grande hit, Dakota. Pode até parecer coisa de poser dizer que essa não é só a melhor música do disco, mas uma das melhores da carreira dos caras, mas é preciso. Kelly Jones acertou a mão como nunca quando escreveu essa.

E como muita gente já sabe, essa é a música de maior sucesso deles. E como se já não fosse o bastante a popularidade que a banda conseguiu com ela, ainda a colocaram como trilha sonora do famoso jogo Pro Evolution Soccer, o que potencializa a fama – pelo menos da música – umas três vezes.


Em Pedalpusher eles retomam a pegada britpop dos anos 90, que era marca registrada dos primeiros discos do grupo, ainda mais por eles terem surgido exatamente na época da explosão do britpop.

Girl é a música mais curta do disco. São apenas 2 minutos de uma pequena amostra do verdadeiro rock n' roll inglês que parecia ter morrido no fim dos anos 90. Parecia.

Lolita vinha com a pretensão de ser a Maybe Tomorrow (You Gotta Go There to Come Back, 2003) desse disco. Afinal de contas, todo disco precisa das suas baladinhas pra tocar no rádio. Não é verdade? 

Se bem que na verdade até não, porque isso nem se aplica tanto assim lá na Inglaterra. Seu som pode ser rápido e/ou pesado, mas se for bom, vai tocar no rádio. Esse conceito se aplica mais aqui no Brasil mesmo, onde as bandas precisam das suas versões acústicas pra poder vender. Mas enfim, isso não vem ao caso agora.

Por fim, Deadhead é a última faixa que apresenta uma pegada mais ou menos roqueira do disco; pois Feel, que fecha o album, é bem suave e só vai crescer lá no final. Aliás, é importante ressaltar que a música termina sob um ar de despedida.

Uma curiosiadade sobre Language. Sex. Violence. Other? é que esse é o primeiro disco gravado com o então novo baterista, o argentino Javier Weyler, que já havia trabalhado em alguns projetos solo de Kelly Jones e também no próprio Stereophonics, tendo sido engenheiro e programador de som no disco anterior da banda, You Gotta Go There to Come Back (2003).

Visto tudo isso, caso tenha se interessado, baixe. Ou até mesmo compre, pois é altamente recomendável.