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Resenha: Angles


Para falarmos deste álbum é preciso voltar a quase três anos atrás quando ouvi o terceiro álbum do Arctic Monkeys . A situação antes do lançamento de ambos os álbuns são muito parecidas, dois álbuns lançados depois de um período de trabalhos paralelos e que vem bastantes influenciados por estes trabalhos. Sendo que quem vos fala gostou do trabalho feito pelo The Last Shadow Of Puppets e não gostou do álbum solo do Julian Casablancas.
Por este e outros motivos, a primeira audição do álbum acabou sendo meio apreensiva, porém acabou se tornando agradável, não houve nenhum momento de chatice e tédio. Mais aliviado, parti para a segunda audição alguma horas depois. Começou a tocar “Machu Picchu“, uma música dançante e bem agradável, que, ao mesmo tempo que me leva a coisas que o Strokes já havia produzido, trás algo de novo no som, algo muito mais produzido do que o de costume.
O álbum segue com “Under Cover Of Darkness“, primeiro single do álbum e uma das músicas mais bacanas do mesmo. O álbum até o momento parecer ter sido feito para a pista, rock para dançar, explorando efeitos e sonoridade que remetem a modernidade, mas que ao mesmo tempo busca influências no passado. A tendência vai se confirmando em “Two Kinds Of Happiness” com seus momentos de batidas marcadas e seu refrão mais para cima.

A quarta música do álbum é “You’re So Right“, uma música que quase cabe em outro álbum lançado no mesmo ano, “The King Of Limbs” do Radiohead  É interessante ver o Strokes se arriscar em algo deste tipo, mas creio que apenas como experimentos esporádicos. Assim, as coisas acabam voltando ao ‘normal’ com “Taken For A Fool“, talvez as guitarras mais ativas do álbum. Neste momento já estava ficando satisfeito pelo álbum não ser um álbum solo do Julian junto com a banda, mas…
Na sequência do álbum tem “Games“, uma música que parece ter vindo direto do álbum solo de Julian para o “Angles” (mesmo assim eu gostei bastante). Porém, a música que a sucede, “Call Me Back“, é praticamente guitarra e voz com alguns efeitos, dá uma quebrada no álbum, é interessante e agradável. “Gratisfaction” é a oitava música, o interessante aqui é ver vocal e melodia andando juntos, com a letra quase sendo cantada palavra por palavra subindo pelo refrão.
Já caminhando para o fim do álbum temos “Metabolism“, uma música que poderia estar em outros álbuns do The Strokes, principalmente em “First Impressions Of Earth“, sem se tornar uma estranha no ninho. O fim chega com a bela “Life Is Simple In The Moonlight“, uma das melhores músicas do álbum, um bom final, daqueles que te deixa com vontade de ouvir novamente. Talvez, tenha sido este final que me deixando aliviado a pronto para a segunda audição.